Análise do nível de satisfação e qualidade de vida de praticantes de musculação

Introdução

Nota-se que atualmente têm crescido de forma extraordinária o número de pessoas preocupadas em adquirir ou simplesmente manter saúde, através da prática de algum exercício físico. Isto vem demonstrar que as pessoas estão cada vez mais conscientes em relação à prática regular de atividade física pode proporcionar aos seu adeptos. De acordo com Tavares (2005), a prática de exercícios físicos tem tido uma alta valorizada, devido a diversos motivos, que variam desde a estética corporal à compensação, correção de problemas físicos ou reabilitação de patologias.

A busca por um corpo dito perfeito, padrão de beleza pela mídia, acaba tendo sua relevância uma vez que provoca alterações no estilo de vida das pessoas. Pois essas deixam de permanecer na inércia, e procuram as academias, visando não somente melhorar a parte estética, mas também a saúde, para que possam ter uma melhor qualidade vida.

Observa-se que a falta de condicionamento físico do aluno dentro de uma academia, aliado ao seu despreparo quanto à maneira correta de como realizar um determinado programa de exercício físico, muitas vezes têm levado o mesmo a desistência, além do risco de prováveis lesões que no futuro podem vir a comprometer seu bem estar físico (SOUZA, 2007).

Segundo Santarém (1998), algumas atividades esportivas exigem um grau mínimo de aptidão física, abaixo da qual não é possível sua prática. Quando uma pessoa pretende dedicar-se a alguma modalidade esportiva para a qual não está preparado, deve iniciar um programa de condicionamento físico para melhorar seus níveis de aptidão física. Os benefícios do exercício são comuns a todos os tipos de atividade física, esportiva ou laboral, desde que os esforços não sejam excessivos em relação à condição física da pessoa. O exercício é uma forma de sobrecarga para o organismo.

O presente estudo tem como objetivo identificar e analisar o nível de satisfação e qualidade de vida dos praticantes de musculação da academia do Automóvel Clube de Teófilo Otoni – MG e da academia Sport Center de Padre Paraíso – MG.

Materiais e métodos

O estudo segue a linha de pesquisa qualitativa, tendo como amostra 30 praticantes de musculação, sendo 15 indivíduos do sexo masculino e 15 do sexo feminino com idades que variam de 19 a 47 anos de idade na academia do Automóvel Clube de Teófilo Otoni – MG e 10 indivíduos do sexo feminino e 5 indivíduos do sexo masculino, com idades que variam de 17 a 32 anos de idade na academia Sport Center de Padre Paraíso – MG. Foi aplicado um questionário nas duas academias, contendo 13 perguntas elaboradas pelo pesquisador e seu orientador. A coleta de dados foi realizada pelo pesquisador nos horários de pico de cada uma das academias entre os dias 13 e 15 de outubro, sendo que o questionário foi respondido pelos freqüentadores das academias pesquisadas.

Discussão e análise

Diante dos resultados apresentados percebe-se que 80% dos entrevistados afirmaram perceber uma significativa melhora na sua qualidade de vida após o início da prática de musculação, e apenas 13,3% destes afirmaram não ter notado nenhum tipo de melhora e 6,6% dos entrevistados afirmaram perceber uma melhora razoável em relação à sua qualidade de vida. De acordo com Blackberby (2002) a atividade física regular e neuromuscular proporciona aos seus adeptos uma melhora significativa na qualidade de vida, e causa melhorias no sistema fisiológico do indivíduo.

Com relação à higiene nas academias apenas 6,6% dos alunos mostraram pouco satisfeitos com a higiene da academia, enquanto 13,3% mencionaram ter níveis regulares de higiene enquanto 80% dos entrevistados afirmaram estar muito contentes em relação à higiene das academias.

Para Lollo (2004) é fundamental que as academias apresentem-se de maneira organizada, em um ambiente que agrade aos seus freqüentadores, para que estes se sintam estimulados para a prática da musculação.

Quando perguntados se “após a prática de musculação o quanto você está satisfeito consigo mesmo?”, notou-se que 79,8% dos alunos mencionaram muito ou completamente satisfeitos tendo apenas 20% relatado uma média satisfação. Assim notamos que o exercício de força propicia melhora em toda estrutura física do indivíduo e consequentemente eleva sua auto-estima principalmente por afetar o campo da imagem corporal onde a sensação de prazer e bem estar passam a imperar.

De acordo com Assumpção; Morais e Fontoura (2002 citado por Souza, 2007), a saúde e a qualidade de vida do homem, podem ser preservadas e aprimoradas a partir do momento que a prática regular de atividade física faça parte do seu cotidiano.

Conclusão

Constatou-se que a musculação interfere de forma positiva na qualidade de vida de seus adeptos bem como na satisfação destes se tornando uma ferramenta indispensável para a manutenção e ampliação da qualidade de vida, fazendo com que as pessoas se sintam mais dispostas para realizarem suas atividades do cotidiano, além de servir como um fator chave para a prevenção de diversas patologias.

No tempo em que a medicina avança a passos largos, a sociedade percebeu que é melhor se prevenir praticando atividade física regular e uma alimentação balanceada, do que remediar fazendo uso da medicina, então a prática de atividade física freqüente pode atuar na prevenção de patologias e manutenção da saúde, por este motivo recomenda-se que outros estudos relacionados aos efeitos do treinamento de força na melhoria da qualidade de vida e satisfação dos praticantes.


Por:

Tibério de Figueredo Almeida - Graduado em Educação Física (UNEC-MG)

Pedro Paulo Saleme de Souza - Especialista em Atividade Física para promoção da Saúde e Qualidade de Vida ; Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade (UNEC-MG); Coordenador do curso de Educação Física (UNIPAC-MG)

Alice Pereira de Faria Saleme - Graduada em Fisioterapia e Especialista em
Atividade Física para promoção da Saúde e Qualidade de Vida (UNEC-MG) ; Docente do curso de Fisioterapia da (UNIPAC-MG)

Pedro Luiz de Almeida Junior - Especialista em Educação Física (FAC/INTER) ; Docente do curso de Educação Física da (UNIPAC-MG)


Fonte: http://www.efdeportes.com/efd148/qualidade-de-vida-de-praticantes-de-musculacao.htm