sábado, 31 de dezembro de 2011

Bodybuilding back exercises and anatomy

Bodybuilding: Biceps exercise and anatomy

Bodybuilding triceps exercises and anatomy

Suplementação pré-hormonal: indústria nacional e importada

Como soubemos, a insatisfação com os resultados alcançados, a busca pela perfeição e a crescente ambição em alcançarmos níveis superiores de hipertrofia muscular/definição muscular/redução de percentual de gordura, leva a indústria de suplementação a uma crescente procura pelas fórmulas ideais para satisfazer seus compradores.

Neste ciclo ambicioso, onde o resultado extremo é mais relacionado com os esteróides anabolizantes do que com o treinamento e a alimentação, nasceu uma outra linha de suplementação promissora: os Pré-Hormônios, geralmente importados, e os Estimulantes de Produção/Liberação Hormonal. Baseados na ação dos esteróides anabólicos, esta espécie de suplemento promete uma maior produção e/ou liberação hormonal de Testosterona e de Hormônio do Crescimento, e seria uma escolha intermediária entre a suplementação básica e a “bomba”. O grande atrativo para o público geral é que estes tratam-se de produtos considerados legais, vendido liberadamente (no caso dos vendidos aqui no Brasil), com o julgamento pessoal de não estarmos cometendo um ato moralmente antiético, e ainda, sem os possíveis efeitos colaterais dos esteróides, mas com ação semelhante a estes.

Os suplementos conhecidos no Brasil como Pré-Hormônios são classificados como compensadores protéicos, multivitamínicos e minerais, pois em sua composição nutricional só apresentam estes macro e micronutrientes. O chamado estimulante para a liberação de testosterona (ZMA - aspartato de monometionina de zinco), tem sua base nutricional no Zinco, Magnésio e Vitamina B6. Já o estimulante de produção do Hormônio do Crescimento (GH ou HGH), apresenta certa proporção de proteínas, Vitamina C, B6, Cromo e Colina. Estes suplementos são apresentados com nomenclaturas atrativas ao consumidor, como estimulantes do Potencial Genético, ou ainda em conjunto, como Combo Genético. Então na verdade não são Pré-Hormônios, mas no máximo possíveis estimulantes de produção hormonal. E deles não podemos esperar as mesmas modificações corporais esperadas dos hormônios ou pré-hormônios, pois os resultados vendidos pelas empresas desta linha de suplementos são baseados em pesquisas envolvendo a Testosterona e o hormônio do Crescimento, e não o Zinco, o Magnésio, o Cromo, e as Vitaminas B6 e C. Portanto, cria-se apenas a relação, entre o que podemos esperar dos verdadeiros hormônios (incluidos em pesquisas), e da composição química do produto nacional. Considero um pouco injusto cobrarmos do Zinco, do Magnésio e das Vitaminas o crescimento muscular, a redução de massa gorda e a definição muscular que os hormônios realizam. Que a Testosterona e o Hormônio do Crescimento são dois hormônios primários no crescimento muscular e no gasto lipídico, não resta dúvida alguma. Mas ainda existe uma distância imensa entre o que estes hormônios promovem e o que estes “anabolizantes naturais” são capazes de alcançar.

Os verdadeiros Pré-Hormônios são substancias que ocorrem naturalmente no organismo, assim como são os hormônios. No caso da Testosterona, são os precursores deste hormônio principal, produzidos na glândula adrenal. Entre eles estão o Colesterol, seguido em cadeia pela Pregnenolona, a Dehidroepiandrosterona (DHEA), a Androstenediona, para ai sim ser convertida em Testosterona. Mas veja bem, esta linha de suplementação é mais promissora que à anterior, mas não pelos resultados obtidos em pesquisas experimentais, e sim por tratar-se de produtos importados, não produzidos e sem liberação para venda aqui no Brasil. Sendo assim, existem duas possíveis relações que garantem o interesse do público leigo na aquisição dos pré-hormônios importados: a crença que tudo que é importado, preferencialmente dos EUA, apresenta melhor qualidade que os produtos nacionais. Qualquer porcaria importada, tratando-se de suplementos, tem credibilidade no Brasil. Mas poucos sabem que somente os pré-hormônios (quando declarados no rótulo) e a efedrina têm venda proibida por lá, e que lá pode-se lançar e vender qualquer suplemento, desde que declare-se uma meia dúzia de vitaminas que ali estão, ocultando a real composição. E o segundo motivo que atrai o interesse de alguns menos informados, diz respeito à associação entre a proibição da venda de um produto e sua real potencialidade. Ou seja, tudo que é proibido é que dá resultado! Se os Anabolizantes são tão potentes e tem sua venda proibida, então os suplementos proibidos são os que mais se assemelham a ação dos anabolizantes. Tratando-se de pré-hormônios, e importados então! Sujeitos assim, que desejam um produto não indicado para ingerir, deveriam experimentar um ciclo de Creolina com Soda Cáustica!

Segundo autores mais renomados na área do treinamento de alta intensidade (não apenas cientistas teóricos), existe um consenso que os PHs, referindo-se tão somente aos verdadeiros pré-hormonais, tendem a apresentar à longo prazo efeitos indesejados semelhantes aos próprios hormônios, de maneira mais pronunciada que os efeitos anabólicos esperados. Além de apresentarem um valor de venda altíssimo, os PHs podem apresentar efeitos androgenicos notáveis, semelhantes aos envolvidos com drogas mais efetivas, além de possível hepatotoxidade por tratar-se de comprimidos ingeridos via oral, sendo processados inevitavelmente pelo fígado. Em relação aos efeitos anabólicos, as modificações são muito pequenas, se relacionarmos ao custo financeiro que apresentam. Podem sim apresentar modificações satisfatórias em sujeitos com deficiência de produção natural de testosterona, tendo portanto ação repositora, não construtora. Agora para atletas que já fizeram uso de alguma droga verdadeiramente anabólica, a ação destes pré-hormônios poderá deixar a desejar.

Agora tratando-se desta linha de suplementação vendida liberadamente no Brasil, todo e qualquer comentário favorável (como ação anabolizante primária) parece ser informação de má fé, ou simplesmente desinformação. Analisando a tabela nutricional podemos constatar que estes não passam de suplementos compensadores de baixo nível. Nem ação repositora hormonal eles apresentam. Ação hormonal verdadeira e considerável só poderá ser notada com a administração de hormônios ou seus respectivos pré-hormônios, de GH ou Testosterona. Se realizarmos uma simples comparação de composição química/nutricional entre os suplementos “chamados Pré-Hormônios produzidos no Brasil” (ou até mesmo aqueles importados e com venda liberada aqui), e os produzidos nos EUA (com venda proibida no Brasil), poderemos fortalecer ainda mais nossas convicções de que ainda está por vir (se é que uma dia existirá) um produto considerado natural e com mesmo efeito anabólico dos conhecidos esteróides anabolizantes. Estudos vão e virão, e o Treinamento Intenso, a Dieta, a Suplementação básica Construtora e o Descanso continuam à ser as estratégias mais eficazes, para quem tem paciência e consciência.

Por:

Samuel Moura da Rosa - Email: samuelmrosa@hotmail.com

Fonte:

http://www.fisiculturismo.com.br/artigo.php?id=293&titulo=Suplementação+pré-hormonal:+indústria+nacional+e+importada.html

Glutamina: suplementação inteligente

A glutamina é o aminoácido mais abundante do nosso plasma sangüíneo. É um aminoácido classificado como “condicionalmente essencial”, visto que em normais circunstâncias, o próprio organismo pode sintetizá-lo por meio da desaminação e transaminação de outros aminoácidos, especialmente os de cadeia ramificada (BCAAs). Mas em situações de stress, tal como exercício físico intenso, o organismo não consegue suprir as demandas por este aminoácido.

A glutamina é essencial para o crescimento e diferenciação celular. Está envolvida tanto em funções anabólicas quanto catabólicas em diversos tecidos do corpo. Possui importante papel na regulação do balanço ácido básico do organismo, auxiliando na excreção de ácido úrico pelos rins, evitando um estado de acidose. Ou seja, nosso organismo é altamente dependente desse aminoácido.

Observa-se que com o treinamento intenso e/ou prolongado, os níveis de glutamina plasmática reduzem drasticamente, podendo ficar até 50% menores, aumentando a susceptibilidade a lesões e processos inflamatórios, um pesadelo para quem objetiva ganhos musculares. Além disso, com esse decréscimo na glutamina plasmática, a susceptibilidade a infecções do trato respiratório é muito maior, principalmente em atletas com overtraining, pois o sistema imunológico é altamente dependente desse aminoácido.

Tem sido demonstrado que a concentração intramuscular de glutamina é importante para o processo de síntese protéica e de glicogênio, ocasionando uma maior disponibilidade energética para os processos anabólicos. Ocorre um aumento da hidratação celular promovida pela entrada da glutamina na célula, servindo como um estímulo para a síntese e/ou inibição da degradação protéica e do glicogênio muscular, criando as condições ideais para o crescimento muscular.

A suplementação com glutamina tem sido utilizada para reduzir o intenso catabolismo muscular. Este ocorre quando elevados níveis de glutamina deixam o músculo, desidratando as células. A suplementação poupa o tecido muscular que seria catabolizado para prover glutamina para outras células do corpo, permitindo assim que o tecido muscular use glutamina para sintetizar tecido muscular novo, resultando em maior hipertrofia. A glutamina também estimula a síntese de hormônio do crescimento, além de reduzir a ação catabólica do hormônio cortisol. Em períodos de restrição calórica, a suplementação com esse aminoácido é muito interessante, porque pode auxiliar na manutenção da massa magra.

A dosagem efetiva de glutamina deve ficar em torno de 10 gramas ao dia, administrada preferencialmente, logo após um treino intenso, com solução de glicose para otimizar a absorção. Dosagem inferior demonstra ser menos efetiva, tendo em vista que cerca de 50 - 85 % da dosagem não deve alcançar o músculo, sendo utilizada pelas células intestinais como fonte energética. Enriquecer a última refeição do dia com esse aminoácido também pode ser uma boa estratégia.


Por:

Rodolfo Peres - Email: nutricionista_rodolfoperes@yahoo.com.br

Fonte:

http://www.fisiculturismo.com.br/artigo.php?id=294&titulo=Glutamina:+suplementação+inteligente.html

domingo, 25 de dezembro de 2011

Exercise Videos- Hammer Curl -- Seated

Exercise Videos- Dumbbell Decline Bench Press

Exercise Videos- Incline Barbell Bench Press

No Pain No Gain - Na verdade, não é bem assim!

Muitos treinadores , médicos e atletas desinformados acreditam que os anabolizantes esteróides androgênicos irão manter indefinidamente o estado de anabolismo. Entretanto , o fato é que o balanço anabólico-catabólico é até mais difícil de ser controlado em atletas que estão em ciclos dessas drogas , principalmemte no que diz respeito aos anabolizantes esteróides androgênicos orais e em altas dosagens.

Pode parecer que a utilização dessas drogas seja uma forma fácil e à prova de falhas de modificar a química corporal na direção do anabolismo , para combater os efeitos catabólicos do treinamento e competição intensas. Os anabolizantes esteróides androgênicos ligam-se aos receptores corticosteróides e bloqueiam sua atividade de catatabolismo da proteína. E se a alimentação for adequada no que diz respeito ao número de calorias , for rica em todos os nutrientes essenciais - especialmente proteína - o treinamento for suficientemente intenso , essas drogas produzem forças anabolicas poderosas.

Entretanto , após um determinado período de tempo ( oqual varia de atleta para atleta ) , o corpo tende a compensar a esse estado de anabolismo induzido farmacologicamente , provocando um aumento da produção de hormônios catabólicos ( corticosteróides ) e alteração da sensibilidade dos receptores hormonais para os anabolizantes esteróides androgênicos.

Como resultado , ocorre o efeito anulador e aquele ciclo dessas drogas necessitaria ser reprojetado mudando-se as drogas e/ou aumentando-se a dosagem. Tal procedimento pode temporariamente prolongar o estado de anabolismo , porém fatalmente irá surgir outro efeito anulador.

Oque ocorre é que o organismo esta sempre em ciclos de anabolismo-catabolismo de forma constante. As estruturas proteínicas estão sempre sendo construídas e degradadas e não existiria de maneira nenhuma do atleta estar permanentemente no estado de anabolismo ou de construção : se isso ocorresse , qualquer ser humano cresceria até ficar do tamanho de um prédio. Porém fato comprovado é que a fim de aumentar a massa muscular , o atleta precisar estar , na maioria das vezes , mais no estado de anabolismo do que no estado de catabolismo. Assim , é crucial que ele previna a ocorrência de estados prolongados de catabolismo , pois do contrário haverá grande perda do precioso tecido muscular.

Para se determinar o estado de anabolismo , o atleta deverá realizar alguns exames a fim de determinar o seu estado anabolico.

Os cientistas soviéticos descobriram que um teste clínico da glândula adrenal é capaz de mostrar quando os atletas estão em overtraining e quando estão prontos para um ciclo de treinamento intenso. O nome desse teste é o de supressão de dexametasona, que é o mesmo utilizado normalmente na medicina para a avaliação de pacientes portadores da síndrome de cushing, que uma condição onde existe excesso de produção de esteróides pela glândula adrenal e que frequentemente é acompanhada por obesidade , hipertensão e hirsutismo.

Em indivíduos saudáveis o sistema adrenal trabalha como um termostato sensível sendo que após realizado o teste com o medicamento o sistema adrenal adrenal apresentará supressão quase que completa da produção e da secreção de cortisol pelas glândulas adrenais. Porém em atletas com overtraining , esse feedback não ocorre e quase não há supressão das adrenais.

Tal resultado , se ocorrer com um atleta , indica que o treinamento , a alimentação, os padrões de sono e a recuperação deverão ser reajustados , e portanto não deveram ser iniciados ciclos de treinamento intenso , pois isso iria manter ou aumentar a atividade das adrenais e a sua produção de hormônios catabólicos.

Apesar de todos os esforços direcionados para a recuperação, os soviéticos mesmo assim concluíram que 25% dos seus atletas de elite falharam nesse teste de overtraining. Essa descoberta de que uma percentagem tão grande de seus atletas de alto nível permaneciam em estado catabólico em determinadas fases do treinamento periodizado foi dramaticamente importante. Isso demonstrou a necessidade daqueles atletas ajustarem a sua alimentação , seu treinamento , seu descanso e sua recuperação.

Trata-se de uma lição memorável e antológica para o atleta e o treinador desinformados , que acreditam que nunca mais estão treinando ¨duro¨ o suficiente , oque utilizam técnicas radicais , ditatoriais e ultrapassadas de treinamento do tipo ¨quanto mais , melhor.

Táis técnicas , além de diminuirem o potencial competitivo do atleta ( mesmo que o atleta venha a competir bem , é certo que ele competiria muito melhor se elas não fossem utilizadas ) , irão degradar significativamente a qualidade de vida do atleta , principalmente quando ele abandonar a carreira competitiva.

O conhecimento dos processos fisiológicos extremamente potentes que trabalham no corpo , como eles reagem ao stress e como eles influenciam o balanço anabolismo/catabolismo da química corporal , precisam ser um forte motivador para o atleta , para o médico , para o treinador e para o nutricionista esportivo , afim de que todos tornem-se cautelosos sobre o volume de treinamento e coloquem maior esforço no aprendizado e na prática de métodos e técnicas de recuperação disponíveis hoje pela ciência.


Por:

Luis Meirelles

Email: LMDIETS@ESTADAO.COM.BR

Fonte:

http://www.fisiculturismo.com.br/artigo.php?id=297&titulo=No+Pain+No+Gain+-+Na+verdade,+não+é+bem+assim!.html

Musculação: Treinamento Resistido para Definição Muscular

Musculação é a execução de movimentos biomecânicos localizados em segmentos musculares definidos como a utilização de sobrecarga externa ou peso do próprio corpo (GUEDES Jr., 1998 apud GUEDES et al ,2006). O exercício contra resistência é uma metodologia de treinamento desportivo, cujo principal meio de treinamento é com pesos (barras, anilhas, halteres etc.), e a principal capacidade física (motora) treinada é a força. (GUEDES et al., 2006)

Para realização de treinos intervalados como musculação, o individuo utiliza o sistema energético Anaeróbio (AN), que é dividido em sistema fosfagênio(ATP-PC) sendo uma forma de energia rápida (imediata) usada em movimento e exercícios de curta duração, entre 01 a 15 segundos de execução.(FOSS e KETEYIAN, 2000) e sistema lático que é predominante em treinos com duração média de 15 segundos a 3 minutos, e usado em exercícios de alta intensidade.(McARDIE et al, 1996).

Definição muscular é um termo usado para dizer que o sujeito está com massa muscular visível. Para obter este resultado o indivíduo necessita manter um percentual mínimo de gordura corporal, o que depende de vários fatores e um controle contínuo de sua composição corporal, para isto é necessário saber quanto ao certo se deve comer, uma das formas de se mensurar isto é através de uma soma de gasto energético diário, estas necessidades calóricas variam de acordo com sexo, tamanho corporal, idade e são reguladas por hormônios. (GUIMARÃES NETO, 2005).

Para baixar o percentual de gordura, o que se ouve com frequência é que as atividades devem ser de caráter aeróbio, estas atividades, por terem intensidade leve e moderada, permitem sua realização por um período prolongado, e utilizam como substrato energético, sobretudo, os ácidos graxos livres. (GUEDES et al, 2006). Para BOMPA (2002) este tipo exercício não atinge objetivo de eliminar gordura subcutânea, este autor indica e alega que o treino de musculação com baixa sobrecarga e muitas repetições com baixo tempo de intervalos entre as séries, consegue eliminar gordura subcutânea.

No entanto, de acordo com GUEDES et al (2006) o que determinará a magnitude do emagrecimento não é o tipo de treino nem a solicitação dos substratos energéticos, mas sim o gasto calórico total.

Quando o objetivo é definição muscular (eliminação de gordura) é comum que a dieta seja hipocalórica (baixa caloria) o que faz o individuo ficar mais fraco, desta forma impede que o treinamento se mantenha pesado, o que torna o treino de baixa intensidade e alto volume mais interessante (Di PASQUALE., 2006), porém se a dieta não for reduzida o treinamento normalmente utilizado para aumento de força e hipertrofia (baixo volume, alta intensidade) torna-se tão ou mais eficiente, já que este trabalho realiza maior consumo calórico, ressintese de glicogênio e síntese de proteína muscular, além disto os exercícios contra resistência, independente da intensidade, trás ganho e fortalecimento da massa muscular, aceleração significativa do metabolismo e aumenta os níveis de hormônios do crescimento e testosterona, classificados como emagrecedores (DINIZ, J .2000; GUEDES et al, 2008; GENTIL 2005).

Para PERES (2007) com exceção das primeiras semanas de treino, o organismo não eliminará gordura se estiver em um balanço energético positivo. Para se perder peso deve-se seguir uma lógica matemática, se comer mais do que se consome ira engordar, da mesma forma que se consumir mais do que se ingere ira emagrecer. (GUIMARÃES NETO, 2004).

É um consenso que a mistura de exercícios AN e AE e muito interessante e ajuda no consumo calórico, e ambos os treinos tem seus benefícios, no entanto a musculação é uma das atividades mais completas e eficientes para definição muscular, porém independente do tipo de treinamento o emagrecimento dependerá do balanço energético negativo. (GUEDES et al., 2006).

Referências bibliográficas:

BOMPA, Tudor o e CORNACCHI, Lorenzo J. Treinamento de Força Consciente. 2002

DINIZ, Jocieldo. Musculação e redução de gordura, 2000, (www.fisiculturismo.com.br )

Dr. PASQUALE, Mauro Di, Dieta metabólica definitiva,.Phorte 2006

FOSS, Merle L e KETEYIAN, Steven J. Fox-Base fisiológicas do exercício e do esporte. Rio Janeiro, guanabara 2000 GENTIL, Paulo. A verdade sobre aeróbios e emagrecimento. Gease 2002.

GENTIL, Paulo. A musculação e o emagrecimento. Gease 2005 GUEDES, Dilmar P, SOUZA, Tácito P. Junior e ROCHA Alexandre C. Treinamento personalizado em musculação. São Paulo, Phorte 2006

GUIMARÂES, Waldemar Marques Neto. Anabolismo total. São Paulo, Phorte 2005.

GUIMARÂES, Waldemar Marques Neto. Um paradoxo na queima da gordura corporal. 04/11/2004

MCARDLE, Willian D, KATCH Victor L e KATCH Frank I. Fisiologia do exercício Energia, nutrição e desempenho humano, Rio de janeiro, Guanabara 1996.

PERES, Rodolfo. È possível ganhar massa muscular e perder gordura corporal ao mesmo tempo, 13-10-2007 (www.fisiculturismo.com.br )


Por:

Jean Carlos Calabrese

Email: jean.trainer@gmail.com

Fonte:http://www.fisiculturismo.com.br/artigo.php?id=298&titulo=Musculação:+Treinamento+Resistido+para+Definição+Muscular.html

sábado, 17 de dezembro de 2011

Exercise Videos- Leg Raise

Exercise Videos- Assisted Pull-Up

Exercise Videos- Standing Calf Raise With Handles

Obesos produzem menos hormônio da fome

Um grupo de cientistas de duas universidades dos Estados Unidos acaba de fazer uma descoberta surpreendente para entender os mecanismos que regulam o apetite e ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos para obesidade. O estudo, publicado na edição de 29 de junho da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), foi liderado pelo brasileiro Julio Licinio, professor da Escola de Medicina David Geffen, da Universidade de Califórnia em Los Angeles (UCLA).

Os pesquisadores descobriram que, durante a noite, pessoas magras secretam grandes quantidades de grelina, um hormônio que estimula a fome. A grelina ajuda o organismo a controlar o peso como parte de um complexo sistema que regula a ingestão de alimentos e o consumo de energia. O estudo verificou que indivíduos obesos, pelo contrário, não experimentam tal elevação no nível no hormônio.

“Achávamos que pessoas obesas deveriam ter padrões diferentes de grelina, mas a surpresa foi ver que isso ocorre principalmente à noite”, disse Licinio à Agência FAPESP. “Os resultados obtidos podem parecer contraditórios, uma vez que seria esperado que os níveis do hormônio deveriam ser maiores nesses indivíduos.” Uma explicação, segundo o cientista, é que algo pode estar cancelando a produção do hormônio da fome nos mais obesos.

Licinio acredita que a descoberta pode auxiliar na descoberta de novas pistas para o tratamento da obesidade. “É possível que indivíduos obesos tenham desenvolvido mecanismos biológicos que os tornam resistentes a seus próprios hormônios. Precisamos tentar decifrar esse mistério para desenvolver medicamentos que os tornem mais sensíveis a seus próprios sinais internos”, disse.

Células no estômago secretam grelina no sangue, onde a quantidade de hormônio varia durante o dia, aumentando antes das refeições e diminuindo após a pessoa ter se alimentado. A equipe de Licinio monitorou os padrões de grelina em dez homens, cinco magros e cinco obesos, a cada sete minutos durante 24 horas. Foram coletados mais de 200 amostras de sangue por voluntário.

Os pesquisadores se surpreenderam ao identificar um grande aumento do hormônio nos indivíduos magros entre meia-noite a seis da manhã, em nível tão elevado que superou os valores encontrados antes das refeições. Nos voluntários obesos, os níveis permaneceram praticamente constantes.

“As mais fortes variações dos níveis de grelina estavam ausentes nos homens obesos, sugerindo que seus sistemas regulatórios deixaram de funcionar corretamente. Isso vai contra o estereótipo das pessoas acima do peso normal que acordam no meio da noite para atacar a geladeira”, disse Licinio.

Os cientistas, quatro da UCLA e um da Universidade do Estado da Louisiana, também monitoraram os níveis de leptina e de adiponectina, dois hormônios produzidos por células adiposas. O primeiro produz a sensação de saciação, indicando o momento de parar de comer. O outro ajuda a regular o metabolismo energético.

Junto com os baixos níveis de grelina, os indivíduos obesos mostraram, em relação aos mais magros, quantidades mais altas de leptina e mais baixas de adiponectina. “Novamente, isso vai contra o que se costumava achar. Seria de se esperar que pessoas obesas tivessem níveis menores de leptina, não maiores”, afirmou Licinio.

Os voluntários tinham entre 21 e 25 anos, eram não-fumantes e estavam em boas condições físicas, além de não terem tido perdas ou ganhos recentes de peso. Também não ingeriram qualquer medicamento ou suplemento dietético nos 30 dias antes da pesquisa. O cientista brasileiro explica que o próximo passo de seu grupo será o estudo com mulheres e com pessoas que sentem compulsão alimentar noturna.

Julio Licinio, que vive nos Estados Unidos desde 1984, é professor de psiquiatria, medicina e endocrinologia, além de dirigir o Centro de Farmacologia Clínica e o Programa de Treinamento de Graduação em Investigação Translacional da UCLA. É diretor associado do Centro de Pesquisas Clínicas e co-diretor do Laboratório de Farmacogenômica da mesma universidade.

Graduou-se em medicina pela Universidade Federal da Bahia, tendo prosseguido a formação acadêmica na Universidade de São Paulo e na Universidade de Chicago, passando em seguida pelo Centro Médico Cornell e pelo Instituto Nacional para Saúde Mental, ambos nos Estados Unidos. É fundador e editor dos periódicos The Pharmacogenomics Journal e Molecular Psychiatry, ambos do grupo Nature.
Fonte: Heitor Shimizu - Agência Fapesp, 30/06/2004.


Fonte:

http://www.copacabanarunners.net/

Treine o seu cérebro e a emoção

A nossa maravilhosa máquina humana anda, corre, salta, chuta, lança, trepa, empurra, puxa, levanta, nada e dança com todos esses movimentos combinados. Tudo comandado pelo cérebro que, além dos movimentos, ainda é responsável pelas emoções.

É dividido em dois hemisférios: direito e esquerdo. Acredita-se que o esquerdo orienta o raciocínio lógico, matemático, das coisas certinhas. O direito induz à arte, à criatividade. Quando uma pessoa tem mais facilidade com a matemática, por exemplo, os estudiosos no assunto acreditam estar desenvolvendo mais o lado esquerdo. Os artistas, os pintores, desenhistas e etc. teoricamente desenvolvem mais o lado direito do cérebro. Sendo assim, não se pode dizer que uma pessoa de qualquer raça seja mais inteligente em relação à outra. Na raça branca podemos encontrar muitos engenheiros e cientistas enclausurados em sofisticados laboratórios computadorizados.

Enquanto a raça negra é voltada às artes, ao folclore, à liberdade e aos esportes livres. "Tem branco no samba" é uma expressão que retrata bem isso. Não significa que ninguém... seja branco, negro, amarelo, cabelouro ou de qualquer estirpe seja mais ou menos inteligente que o outro. O psicólogo francês Wallon acha que a emoção é a fonte do conhecimento e sendo assim, nada na vida pode ser feito sem ela. Amor pela profissão, pelas pessoas que nos rodeiam pode ser a chave da felicidade. Por mais simples a tarefa a ser executada no dia a dia, sem a emoção tudo fica sem graça.

De tão importante, o cérebro não pode ficar sem ser abastecido com oxigênio, glicose, entre outros nutrientes. Sabe-se que, de acordo com a necessidade, digestão, atividade física etc., o organismo faz a redistribuição do aporte sanguíneo. O cérebro é o único não afetado por essa variação. Segundo Chapman e Michell, citado por Vander, recebe 750 mililitros de sangue por minuto, tanto em repouso quanto em atividade extenuante. Uma pequena variação no fluxo já é suficiente para causar, desde uma simples tonteira ou desmaio, até seqüelas mais graves. Seja por falta de oxigênio ou glicemia diminuída. Esta, entre outras razões, evidencia a necessidade da alimentação pré-competitiva e, durante provas de longa duração, a base de carboidratos complexos, que são de fácil digestão, fornecendo energia (glicose) a partir da absorção dos amidos. Não é raro, em maratonas, vermos atletas em confusão mental, acometidos pela hipoglicemia.

Dopamina, seronina, endorfina, entre tantas substâncias, com origem no cérebro, acreditam os estudiosos que, de alguma forma, estejam relacionadas com os mecanismos do estresse emocional: paixão, sexo, amor, ódio, expectativa, tristeza, ansiedade etc. O corpo libera uma substância própria na defesa e resposta do organismo. O desequilíbrio da química cerebral, explica, por exemplo, como uma pessoa pode estar triste num ambiente em que todos estão alegres. Sozinho na multidão.

Como uma espécie de isolamento, o cérebro é composto por um material gorduroso, mielina, constituído de ácidos graxos e colesterol. Como as interligações nervosas e a estrutura cerebral são o que se desenvolve primeiro no corpo humano, o colesterol na primeira infância não é tão nocivo quanto no adulto. Ele participa do processo conhecido como mielinização.

Como todo o corpo, esse nobre órgão precisa de manutenção, que lhe chega pela corrente sanguínea. Os exercícios físicos regulares de baixa intensidade ajudam a oxigená-lo melhor e fornecer nutrientes sem desequilíbrio evitando ou adiando a senectude. O sono também participa do equilíbrio da química cerebral. Assim como os músculos, o cérebro também é treinável pelo uso.

Não adianta nada só fazer exercícios e não ler, estudar, criar etc. "O saber não ocupa espaço", não hipertrofia. Pode ser até que alguém defenda tese do saber não estar tão relacionado com o condicionamento físico. Austregésilo de Athayde, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Vinicius de Moraes e tantas pessoas inteligentes que chegaram à sexta, sétima e oitava década morreram lúcidos. Não se tem notícias de que fossem amantes do exercício, a não ser o mental. Simplesmente usavam a cabeça...e a emoção!!!

"Malhar" só o corpo não adianta. O cérebro também precisa de exercício. Leia revistas e jornais, converse com as pessoas e estude pelo menos um pouquinho todos os dias o assunto de seu maior interesse. Quem nunca ouviu comentários do tipo: ela é bonita, gostosa, tem um corpo "saradão", mas quando abre a boca... Isso também vale pra certos homens pensando em conquistar as mulheres apenas com músculos ou posição social. Sobre alguns, elas dizem o mesmo! São bonitos... Sarados... mas de boca fechada.



Por:

Luiz Carlos de Moraes CREF/1 RJ 3529

Fonte:

http://www.copacabanarunners.net/

sábado, 10 de dezembro de 2011

Exercise Videos- Supine Barbell French Curl

Exercise Videos- Barbell Row

Exercise Videos- Wide-Grip Seated Row

Cãibras musculares: Causas e tratamentos

O que causa cãibras musculares?

Líquidos e o Fator Sódio

Apesar de existirem muitas causas para cãibras musculares, grandes perdas de sódio e líquidos costumam ser fatores essenciais que predispõem atletas a cãibras musculares. O sódio é um mineral importante na iniciação dos sinais dos nervos e ações que levam ao movimento nos músculos. Por isso, um déficit desse elemento e de líquidos pode tornar os músculos sensíveis. Sob tais condições, uma leve tensão e um movimento subseqüente podem fazer o músculo se contrair e se contorcer incontrolavelmente.

Estudo de caso de cãibra

Um estudo* dá apoio à teoria. Um jogador de tênis de elite perdia mais sódio na transpiração, em várias horas de jogo, do que todo o consumo diário. Durante uma partida intensa que resultou numa perda de transpiração de até 3 quartos por hora, o jogador teve cãibras. Após um teste fisiológico, foi recomendado que o jogador adicionasse sal à dieta e ingerisse bebida esportiva. Essa adição de sódio reduziu ocorrências subseqüentes de cãibras. Sempre que o jogador sentia cãibras durante o jogo, ele tomava uma bebida esportiva com cloreto de sódio. As cãibras pararam.

Após checar com um médico para corrigir as principais causas (Leia : " Outras causas potenciais"), um atleta que tem cãibras musculares depois de exercícios pode querer adicionar sódio às refeições.

Dada a popularidade de dietas com pouco sódio, um déficit de sódio não está fora de questão quando um atleta está suando em taxas altas, particularmente nos meses quentes do ano. Lanches salgados ou um pouco mais de sal vão ajudar a repor o mineral. Consumir bebidas esportivas que contêm uma quantidade adequada de sódio também é uma maneira sutil de repor o sódio.

Gatorade contém 90 mg de sódio por 200 ml, a mesma quantidade de sódio em um copo de leite ou fatia de pão. Esta é uma quantidade que ajuda a repor o sódio perdido e ainda atende aos padrões da FDA - Food and Drug Administration, dos Estados Unidos, para alimentos com baixo teor de sódio.

Preocupando-se com os minerais

Por muitos anos, atletas atribuíram cãibras à falta, no organismo, de potássio ou outros minerais como cálcio ou magnésio. No entanto, pesquisas mostram que esses minerais são menos propensos a causar cãibras.

As quantidades de potássio, cálcio e magnésio no suor são baixas se comparadas com as de sódio e cloreto. Além disso, potássio, magnésio e cálcio são facilmente repostos com dieta. Conseqüentemente, um déficit desses minerais é raro.

Outras causas potenciais

Diabetes, doenças neurológicas ou problemas vasculares são fatores que favorecem a ocorrência de cãibras. Alguns relatos também indicam que o uso de certos suplementos dietéticos como creatina pode aumentar os riscos de cãibras musculares. Se cãibras apareceram sem um histórico prévio, consulte um médico para excluir causas mais sérias.

Os atletas atribuem cãibras à falta de potássio ou outros minerais como cálcio ou magnésio. A opinião médica atual não dá apoio a esta idéia. Os músculos tendem a acumular potássio, cálcio e magnésio de forma tal que são perdidos em níveis menores na transpiração, se comparados com sódio e cloreto. A dieta geralmente fornece quantidades adequadas para prevenir déficits que iriam contribuir para a ocorrência de cãibras. Pesquisas futuras poderão nos mostrar outros resultados.

Prevenindo cãibras

Previna as cãibras antes que elas comecem, fazendo aos atletas as seguintes recomendações:
1. Beba muito líquido para ficar hidratado durante o exercício;
2. Reponha níveis de sódio durante os intervalos de exercícios pesados e transpiração abundante com uma bebida esportiva/isotônico
3. Assegure uma recuperação nutricional adequada (particularmente para o sal) e descanse os músculos após um treino intenso.

Soluções rápidas para cãibras

Quando as cãibras aparecerem durante um exercício ou competição, tome as seguintes medidas:
1. Alongar. Como as cãibras são normalmente relacionadas à mudança na capacidade de peso, alongamento e exercícios sem peso são tratamentos efetivos.
2. Massageie a área. Esfregar o músculo afetado pode ajudar a aliviar a dor e também auxilia no estímulo à corrente sangüínea e ao movimento de líquidos na área.
3. Estimule a recuperação. Descanso e reidratação adequada com líquidos que contenham eletrólitos, particularmente sódio, irão rapidamente trazer melhora.


Fonte:

http://www.copacabanarunners.net/

Quando a corrida desorganiza o corpo - Desequilíbrios musculares e posturais

O ser humano talvez seja o animal desse planeta que possua o movimento mais complexo considerando ossos, músculos, articulações, eixos, alavancas que resultam na postura e movimentos de um bípede. Justamente por sermos dotados de inteligência é que ao longo do desenvolvimento motor, dependendo das influências sociais e prática ou não de diversas modalidades esportivas as pessoas chegam na fase adulta com desvios diversos na coluna e cadeias musculares. Não seria problema se isso não interferisse na Qualidade de Vida. As origens vão desde problemas psíquicos na formação da personalidade durante a infância e adolescência, erros de treinamentos físicos e as posturas inadequadas no trabalho que hoje são cada vez mais nocivas às estruturas do corpo.

Um interessante trabalho publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte sobre alterações posturais em atletas brasileiros que participaram de provas de potência muscular em competições internacionais apresenta os seguintes resultados: tornozelo em valgo soma 67%, rotação interna da pelve à direita 60% com o lado oposto mais elevado em 47%, anteversão da pelve 73%, hiperlordose lombar 73%, cifose torácica 53% e cabeça em protusão 73%. Traduzindo isso aí. Corredores de pista de provas curtas, por conta de terem que correr inclinado para a esquerda no sentido anti-horário, acabam ficando com os pés tortos, bum bum arrebitado, quadril desalinhado e a cabeça projetada para frente. Tudo por conta do esforço necessário para manter velocidade máxima nessas provas onde quase a metade da corrida é em curva para a esquerda. A hiperlordose lombar, bum bum arrebitado, decorre em função da força explosiva que os músculos flexores do quadril e extensores dos joelhos tem que fazer no ato de levantar e esticar a perna à frente a cada novo passo. A cifose torácica, corcunda, ocorre em função de uma compensação da hiperlordose lombar. Ou seja, um problema gera outro.

A Academia Americana de Ortopedia define postura, como o estado de equilíbrio dos músculos e ossos com capacidade para proteger todas as estruturas do corpo humano de traumatismos em qualquer posição: em pé, sentado ou deitado.

Não é difícil entender que qualquer desequilíbrio numa ou mais cadeias musculares resultem em outros desequilíbrios compensatórios do lado oposto. No caso em questão também não é difícil entender que todas as cadeias musculares do lado esquerdo do atleta são encurtadas e todas do lado direito alongadas irregularmente por conseqüência do gesto esportivo. Cada modalidade esportiva resulta num padrão corporal e postura específica. Sendo assim, na planilha de treinamento físico de cada atleta deveria constar atividade compensatória. Não é raro vermos treinadores preocupados em aperfeiçoar o gesto esportivo e esquecer das atividades complementares especialmente no esporte de alto rendimento onde o resultado vale dinheiro decidido em décimos de segundo. Não é comum por exemplo atletas de pista fazer trabalho de flexibilidade com intensidades diferentes nas cadeias musculares mais encurtadas que o gesto esportivo desequilibrou. Não é comum vermos corredores de pista correndo no sentido contrário ao habitual para compensar.

Corredores de longa distância também têm suas desordens musculares. Boa parte fica meio corcunda (cifótico), hiperlordótico e têm força desequilibrada nos músculos da coxa podendo ocasionar, por exemplo, desvio de patela. Não é raro fundista reclamar de dores nas costas principalmente na região lombar. Horas de treinamento leva o corredor assumir postura inadequada. Na linguagem popular é quando dizemos que "o corredor sentou". As costas ficam curvadas, os braços arriados e os joelhos flexionados em angulação abaixo do normal. Corredores treinam mesmo estando cansados, gripados e uma boa parcela volta a treinar antes de curar as lesões. "Fala sério". Isso pode dar certo? Não podemos esquecer que nossas fibras musculares têm capacidade limitada de cicatrizações e claro, quanto mais lesões ao longo do tempo, mais encurtados ficam os grupos musculares mais acometidos. Essa também é uma das razões da queda de performance mais ou menos acentuada de corredores mais velhos. A prática esportiva sem sombra de dúvida traz muitos benefícios à saúde desde que, praticada com orientação profissional e bom senso.


Por:

Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529

Fonte:

http://www.copacabanarunners.net/

sábado, 3 de dezembro de 2011

Exercise Videos- Leg Curl -- Lying Machine

Exercise Videos- Leg Extension

Exercise Videos- Seated Row -- Machine

Flexibilidade



Uma boa espreguiçada de manhã é tudo que o nosso corpo pede! O simples ato de espreguiçar nada mais é do que a necessidade natural do corpo fazer alongamento. Até os animais fazem isso.

O alongamento, e a valência física da flexibilidade, passou a ser melhor estudado a partir dos anos 40 e de lá pra cá muita discussão tem gerado. Entretanto, os benefícios e a aplicabilidade do alongamento são indiscutíveis e vão desde a preocupação com a qualidade de vida até os treinamentos mais complexos do esporte. Com relação à Qualidade de Vida existe consenso, mas no treinamento esportivo e na musculação existem correntes divergentes.

Cada um que estuda, escreve um livro ou defende uma tese sobre flexibilidade tenta dar um nome e uma qualificação diferente que acaba na mesma. "Flexibilidade é a amplitude máxima de um movimento em uma ou várias articulações combinadas". Não dá para fugir disso.

Já falamos em matérias anteriores que o sujeito saudável precisa ter condicionamento aeróbio, força e flexibilidade. O alongamento nada mais é do que um exercício destinado a desenvolver a flexibilidade e para isso, ao longo do tempo, foram desenvolvidos vários métodos, cada um com a sua aplicabilidade.

A olhos vistos, já se sabe que nem todo mundo tem a mesma flexibilidade. Isso depende, segundo Johns e Wright (1962) citado por Walace Monteiro, de fatores ósseos, musculares, tendinosos, da cápsula articular, da gordura e da pele. Dentre esse fatores limitantes, a cápsula articular contribui com 47% e os músculos com 41%.Entretanto, o fator genético talvez seja o mais decisivo e não é difícil percebermos isso na vida e no esporte. Determinadas atividades esportivas, de dança entre outras, tais como a Ginástica Olímpica, o balé e a dança rítmica exigem um grau bastante alto de flexibilidade geralmente nato. É a Ginástica Olímpica que deixa o praticante flexível ou quem já tem mais facilidade opta naturalmente pela atividade?

A flexibilidade também está associada ao sexo, a idade, a lateralidade corporal, a hora do dia e aquecimento. Não é difícil perceber que as mulheres e as crianças são normalmente mais flexíveis. O destro costuma ter o lado direito melhor do que o esquerdo. De manhã além de bater aquela preguiça, a gente fica mesmo meio "durão". Depois, as articulações vão ficando, por assim dizer, mais soltas. Quem pratica qualquer atividade física já comprovou que depois de um aquecimento, mesmo os mais simples, as articulações ficam mais flexíveis por causa do aumento da oferta de sangue e do líquido sinovial, um lubrificante das articulações.

O alongamento, quando executado de maneira correta, não deve gerar dores musculares, oxigenando a musculatura eliminando as toxinas possibilitando resposta motora mais rápida. A redução das tensões musculares, próprias do estresse, é outro benefício acusado pelas pessoas que participam de uma simples aula de alongamento. Os movimentos, normalmente bloqueados, pela atividade laboral ou por um treinamento esportivo mais intenso ficam liberados.

Como toda atividade física o alongamento exige orientação, regularidade e bom senso do aluno para não tentar ultrapassar os limites genéticos. Dor, a gente entende ser um sinal de alarme e portanto não deve ser desprezada. Algumas pessoas têm articulações mais flexíveis que outras independente de treinamento contínuo ou não. Não tente imitá-las e use o seu bom senso.

Na minha experiência esportiva tenho visto muitas aberrações ligadas às crendices com relação ao alongamento. Os corredores, especialmente os de maratona, e os adeptos à musculação visando hipertrofia costumam ser os mais arredios, e o mais impressionante são os álibis para não fazer: "cavalo de corrida não alonga", "alongamento atrapalha o ganho de massa muscular"... e vai por aí. Resultado! São esses os que têm mais contusões na corrida e entre os da musculação os com as piores posturas do tipo costas curvadas (cifóticos), bíceps volumoso mais que não estende totalmente e no geral todo duro como um "robocop".

Características da Flexibilidade

Antes de entrarmos nos pontos polêmicos desse assunto vamos nos ater nos que de certa forma existe consenso.

Povão e Atletas

É bem verdade que não podemos comparar a flexibilidade das pessoas comuns com a dos atletas pelo simples fato da necessidade do uso diário do corpo. Um atleta precisa de mais amplitude articular para executar tarefas esportivas de acordo com a complexidade dos movimentos exigidos na modalidade. As pessoas comuns têm mais ou menos flexibilidade dependendo também das tarefas funcionais do tipo andar, correr para atravessar ruas, ir ao mercado, subir escadas, amarrar os sapatos, pegar objetos num lugar alto e etc.

A Genética

É evidente, como já citamos, que as pessoas com mais flexibilidade natural têm mais facilidade de aprendizado e ou aperfeiçoamento de gestos motores desportivos. Não é difícil depararmos com pessoas que mesmo sedentárias conservam uma facilidade impressionante de, por exemplo, flexionar o tronco e alcançar os pés sem flexionar os joelhos. Em qualquer época, essas mesmas pessoas ao retornar ao treinamento terão mais facilidade.

Melhor nem Sempre

O fato de uma pessoa ter mais flexibilidade do que outra, nem sempre significa ser a saúde das suas articulações melhores ou representar uma vantagem. Flexibilidade excessiva, o "tiro pode sair pela culatra" favorecendo à contusões e ou lesões no treinamento por gerar uma confiança maior levando as pessoas arriscarem mais.

Especificidade

Mais flexibilidade numa determinada articulação não significa que todas tenham a mesma capacidade. Pode-se, por exemplo, ter boa flexibilidade nas articulações dos ombros e cintura escapular e não ter a mesma resposta nos membros inferiores. Da mesma forma, ao longo do tempo essas qualidades podem variar.

Meninos e Meninas

Sabe-se que as mulheres são geneticamente mais flexíveis do que os homens até por questões hormonais, diferença normalmente mantida por toda a vida. Entretanto, essa diferença só é notada a partir dos seis ou sete anos de idade. Até então meninos e meninas têm flexibilidade semelhante.

Gestantes

As gestantes são ainda mais flexíveis em virtude do hormônio relaxina estar sendo liberado nessa fase com objetivo de preparar todo o corpo para o parto deixando as articulações e ligamentos mais frouxos. Entretanto, isso exige um certo cuidado na prática de exercícios físicos porque, da mesma forma que favorece execução de certos movimentos de alongamento, essa facilidade pode favorecer às contusões por excesso de amplitude e confiança.

Idade x Treinamento

Os especialistas de uma forma geral apontam que a flexibilidade diminui com a idade, mas essa característica é mais ou menos acentuada com a falta de treinamento, especialmente depois dos 30 ou 40 anos de idade. Bailarinos e capoeiristas por exemplo, mantém uma boa flexibilidade, mesmo com idades mais avançadas. Basta estar treinando. O processo de envelhecimento pode ser retardado com a prática de alongamentos.

Aperfeiçoamento Motor

Não há dúvida também que um atleta campeão reúne mais qualidades físicas e os mais perfeitos gestos esportivos. O alongamento é treinamento essencial na vida deles. A discussão é quando aplicar e qual método é mais adequado caso a caso.

Eficiência Mecânica

Isso tem a ver com o item anterior. A eficiência mecânica depende de gestos esportivos mais perfeitos.

Profilaxia de Lesões

Esse é um ponto de discussão principalmente de uns anos para cá. Se por um lado, sem entrar em detalhes científicos, por anos a fio autores consagrados defendem que o alongamento pode prevenir as lesões, alguns novos autores alegam não existir provas registradas. Pelo sim, pelo não, a experiência tem mostrado que atletas adeptos ao alongamento e com mais flexibilidade se machucam menos. Não obstante a isso, a recuperação de lesões, necessariamente passa por sessões de alongamento. Me parece lógico, ou não?


Fonte:http://www.copacabanarunners.net/

Atividade física muito democrática e acessível

Já é bem estabelecido pela ciência, desde a era Cooper nos anos 70, que a corrida como exercício aeróbio é um dos que mais rápido trazem os benefícios cardiovasculares e diminuem o percentual de gordura. A facilidade de não se depender de hora nem lugar específico para se praticar, é apontada como uma das grandes vantagens nos dias de hoje onde todo mundo vive correndo contra a agenda. Basta ter por perto o par de tênis, o short , e um lugar para tomar banho. As supostas desvantagens ficam por conta da corrida sem orientação profissional.

Mesmo sendo muito simples não dá pra sair por aí correndo como um doido...

Em primeiríssimo lugar é preciso fazer uma avaliação médica e em segundo, seguir uma orientação profissional. A prescrição do exercício certamente irá começar de forma lenta, gradual e progressiva passando inicialmente por um estágio de caminhada rápida intercalada com corrida lenta. Com a evolução, os trechos de caminhadas vão sendo substituídos por corridas.

Na esteira ou ar livre?

Só pelo fato de estarmos em contato direto com a natureza, correr ao ar livre é sempre mais agradável. O estímulo visual e a obrigatoriedade de estarmos o tempo todo raciocinando por onde passar, pisar e desviar de possíveis obstáculos naturais, contribui para o desenvolvimento da coordenação motora. Na esteira, conforme já comentamos há poucas semanas, os benefícios cardiovasculares e todos relacionados à saúde são os mesmos de se correr ao ar livre acrescido da segurança, melhor controle da velocidade desejada e o amortecimento do impacto. Na esteira pode-se controlar tudo: Freqüência cardíaca, Pressão Arterial, intensidade, corrigir posturas entre outras.

Outro fator gerador de discussão é saber quando o corpo gasta mais calorias: na esteira ou ao ar livre. Pesquisas americanas mostraram que até a velocidade de 286m/min, nas mesmas condições ambientais, não existem diferenças significativas. Acima dessa velocidade a resistência do ar pode influenciar em maior desgaste ao ar livre.

A roupa mais adequada não difere muito entre homens e mulheres. Ela deve ser leve e proporcionar a função de absorver e evaporar o suor tais como os tecidos em jérsei bastante usados pelos corredores. As mulheres devem proteger os seios com sutiã próprio ou os já bastante conhecidos e aprovados por elas mesmas, os "top".

A atenção maior deve ser dedicada na escolha do tênis, o equipamento mais importante porque uma escolha errada pode trazer conseqüências desagradáveis tais como bolhas e dores nas articulações dos pés. O tênis deve atender a necessidade de absorção do impacto, dar impulsão, ser maleável acompanhando o movimento do pé, ter um cabedal que facilite a transpiração ou que não encharque no caso de corrida na chuva.

A Gestante

Por mais experiente que seja a atleta, a corrida é uma das atividades de muito impacto não sendo coerente com a gravidez. Além disso, as modificações hormonais podem não favorecer à prática dessa modalidade.

Um desses hormônios, por exemplo a relaxina, produz um relaxamento geral dos tecidos e dos ligamentos aumentando as possibilidades de acidentes tais como torções. Portanto, á gestante existem outras boas atividades como a caminhada, a natação, a hidroginástica, o ciclismo "indor", os alongamentos e alguns exercícios de ginástica.

A Melhor Hora

É muito individual, mas a maioria das pessoas preferem a parte na manhã ou no final da tarde, períodos que biologicamente o organismo está mais apto à prática esportiva.

O complemento

Já existe hoje um consenso que o corredor deve praticar outras modalidades tais como a musculação visando melhor harmonia e reforço muscular.

Os Solos

Na areia pode-se desenvolver a força nas pernas além de permitir maior resistência e flexibilidade aos ligamentos. A desvantagem fica por conta da possível perda da velocidade.

Calçadão

Por ser mais plano e regular corre-se menos riscos de torções. Em compensação, o piso duro oferece muito impacto obrigando mais atenção na hora de escolher o tênis apropriado.

Pistas de terra

São ótimas para desenvolver a coordenação motora e agilidade além de causarem menos impacto. Quem não está acostumado deve ter muita atenção pois a irregularidade do terreno pode facilitar as torções de tornozelos.

Gramados

Os mais indicados por oferecerem comodidade amortecimento do impacto além de normalmente serem bastante agradável.

Pista de corrida

Apropriadas para desenvolver a velocidade. Quem gosta de "apenas" correr em pista deve, de vez em quando, inverter o sentido para não sobrecarregar e ou fortalecer as articulações sempre do mesmo lado.



Por:Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529

Fonte:http://www.copacabanarunners.net/