As dores nas costas, de um modo geral, tem origem nas posturas inadequadas dia a dia promovendo ao longo do tempo várias patologias. Uma delas, a hérnia de disco, tem várias formas de se manifestar dependendo da direção tomada pelo núcleo e qual área e ligamento atinja. Sendo um material cuja finalidade é a de absorver o impacto funciona como uma bola pneumática e sob pressão dos movimentos da coluna ou sobrecarga, se desloca no sentido contrário. Sendo assim, quando a pressão é superior à sua capacidade de resistência o anel fibroso pode formar pequenas rachaduras e o núcleo invadir esse espaço até se exteriorizar. Daí as várias formas de hérnias.
Hérnia Intra-esponjosa - Enquanto o anel fibroso não perde a sua resistência, na presença de uma pressão muito forte sobre o disco intervertebral, o núcleo pode provocar um afundamento no corpo da vértebra por ser composto de material esponjoso e nesse caso menos resistente que o anel fibroso. Pode ocorrer quando a pressão tem origem na força vertical, como por exemplo exercícios com peso acima da cabeça sem o devido preparo ou saltos verticais sem a observação da técnica correta de amortecimento.
Alguns estudos tem mostrado o anel fibroso começando uma degeneração a partir dos 25 anos, perdendo assim, gradativamente a resistência e produzir pequenos rasgos entre as camadas abrindo caminho para a passagem do núcleo sob pressão que pode se espalhar. Essa é uma forma de hérnia de difícil diagnóstico porque a dor pode não se manifestar em apenas uma região localizada.
Se o núcleo encontra caminho para fora tanto pode ser na direção das costas, (póstero-posterior), para os lados (Póstero-lateral esquerda ou direita) ou para dentro (póstero-anterior), as mais raras. Os registros médicos apontam um índice muito maior, em torno de 80%, de hérnias póstero-posterior devido à posição mais freqüente do corpo em flexão do tronco. Inclinado para a frente.
Ao se exteriorizar, o núcleo encontra o ligamento comum posterior e nele pode ficar encostado ou escorregar ficando pressionado entre ele e o corpo da vértebra imediatamente abaixo (subjacente).
Em boa parte dos casos existe a possibilidade de, com exercícios contrários ao movimento que provocou o deslocamento do núcleo fazer a inversão desse deslocamento e uma espécie de soldadura no anel fibroso.
Quando a resistência nuclear empurra, por assim dizer, o ligamento, pode ficar no interior do canal vertebral sendo chamada de Hérnia Discal Livre.
Pode haver o caso de ficar bloqueada sob o ligamento vertebral separando-se do restante do núcleo e o espaço do anel fibroso entre eles se fecharem. Se a hérnia deslizar para cima ou para baixo entre o corpo da vértebra e o ligamento chama-se Hérnia Migratória Subligamentar.
A hérnia de disco costuma ser acompanhada de lombalgia e ou dores ciáticas porque ao deslizar esbarrando no ligamento posterior pode atingir as raízes nervosas isquiáticas. A maioria das hérnias se localizam entre as L4 / L5 ou L5 / S1.
Uma grande parte dessas lesões, como já dissemos, podem ser evitadas com exercícios adequados e posturas corretas durante o dia e três grupos musculares são os responsáveis diretos pela proteção da lombar: os paravertebrais, os da camada superficial, intermediária e profunda dorsal e os abdominais. O trabalho é, por assim dizer, dividido entre os três e quando um deles falham, os outros ficam sobrecarregados sendo que os paravertebrais acabam pagando sozinhos a conta por serem músculos posturais. Basta estarmos de pé, sentado ou fazendo qualquer movimento para serem solicitados.
Muito mais que a estética, os músculos do abdome deveriam ser vistos com uma importância da saúde. Quando eles ficam fracos o centro de gravidade muda, o braço de resistência entre a lombar e a parede abdominal aumenta e o esforço nas vértebras lombares também aumenta.
O treinamento com peso, embora ao olhos do leigo não pareça, tem o índice de contusões muito baixo sendo considerado uma atividade segura desde que, a orientação seja feita por pessoas habilitadas. Segundo Zatsiorsky 99, os índices indicam 1 para cada 10000 atletas que participam de treinamento ou competição. Se compararmos com as demais modalidades esportivas esses números podem ser quase desprezíveis. Entretanto, quem se dedica a levantar peso, deve atentar para a coluna lombar, local onde se origina a maioria dos problemas. Entre dores musculares, articulares, tendinites, distenções e contraturas nas diversas partes do corpo, 44 a 50% atingem a lombar (lombalgias, dores ciáticas e ou hérnia de disco). Portanto, se o atleta dedicar atenção á postura, respiração, reforço dos músculos eretores da coluna e carga compatível com a aptidão, terá um índice baixíssimo de problemas na sua vida atlética.
Fonte: http://www.copacabanarunners.net/
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