sábado, 20 de novembro de 2010

Personal trainer: o profissional da boa forma

Os personal trainers chegaram para ficar. O que antes era considerado moda ou acessível apenas ao luxuoso mundo dos artistas está ganhando cada vez mais adeptos. Hoje, os amantes da boa forma já podem contar com o apoio desses profissionais que se dedicam a orientar e incentivar a prática de exercícios físicos.

Em Juiz de Fora, um dos pioneiros nesse ramo foi Eduardo Barbosa. Formado em Educação Física com especialização em atividades motoras em academias, há quatro anos se divide entre as aulas e o acompanhamento pessoal. Para ele, no início, a procura era tímida porque ainda não havia uma mentalidade voltada para este novo tipo de preparação física na região. Somente a partir do momento em que o treinamento personalizado começou a ganhar um destaque a nível nacional, a demanda disparou e o mercado local passou a crescer. Desde então, os personal trainers não têm do que se queixar. Com a hora/aula custando R$20, em média, o aluno que fizer três horas de exercícios semanais vai pagar R$240,00 por mês. Um preço bem maior que o cobrado pela matrícula comum nas academias, mas que pode valer à pena.

Eduardo acredita que uma das principais vantagens oferecidas por esta nova modalidade é a motivação. O fato de o aluno ter um acompanhamento completo de suas atividades físicas, orientação nutricional e um apoio emocional não o deixam desistir.

Além disso, há um maior envolvimento de ambas as partes e uma cobrança constante do professor, o que permite uma melhor avaliação do aluno e agiliza o aparecimento de resultados com total segurança.

O empresário Lawrence Mateus, há dois anos, optou pelo acompanhamento de um personal trainer e está satisfeito. Com três horas semanais de exercícios, ele confirma que a cobrança e a rigidez do professor realmente funcionam como um estímulo. De acordo com Lawrence, a principal vantagem de um trabalho personalizado é o direcionamento da atividade física e a mudança de objetivos a cada estágio. Quando contratou este tipo de serviço, ele pretendia queimar gorduras localizadas. Depois, procurou desenvolver atividades aeróbicas e, atualmente, trabalha na manutenção da atividade física. "Todo este acompanhamento cria uma dependência positiva entre professor e aluno", afirma.

Outra vantagem é quanto ao horário. Quem tem pouco tempo ou não gosta de freqüentar academias pode fazer os exercícios em casa e organizar as aulas da maneira que lhe convier. Para tanto, é preciso que se tenha alguns materiais básicos como colchonete, halteres, caneleira, aparelho de abdominal e, pelo menos, um equipamento de exercício aeróbico como bicicleta ergométrica ou esteira, além de espaço suficiente para que as atividades sejam desenvolvidas.

Márcio Lácio, proprietário de academia e com especialização em personal trainer para atividades aquáticas, lembra que o acompanhamento favorece a elaboração de exercícios específicos para pessoas com problemas cardíacos, diabetes, hipertensão e até mesmo gravidez.


Professores precisam ter pós-graduação

Apesar das diversas vantagens, o personal trainer Eduardo recomenda atenção na hora de contratar um profissional. "Quem quiser atuar na área deve fazer um curso de pós-graduação. Por se tratar de um trabalho personalizado e especializado, quanto maior o conhecimento e mais atualizado estiver o profissional, melhor será", diz.
Um curso de pós-graduação dura em torno de seis meses a um ano, com aulas práticas e teóricas. Eduardo alerta ainda para o perigo dos "atletas-professores", que não são habilitados, não tendo conhecimentos suficientes para atuarem como personal trainers. Por isso, ele comemora a criação do Conselho Federal de Educação Física, CONFEF -, a legalização da profissão e a conseqüente fiscalização que está sendo feita.

O professor da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora e personal trainer, Marcelo de Oliveira Matta, também é a favor do CONFEF. Contudo, ele acredita que apenas a graduação seja suficiente para habilitar o aluno a ser tanto professor de ginástica nas academias, clubes e escolas quanto personal trainer. "Na própria faculdade, os alunos têm disciplinas que dão embasamento teórico e que ensinam como prescrever atividades físicas. Por isso, uma especialização não é fundamental".

Os professores alertam: seja em casa, na rua ou na academia, acompanhado ou não por um personal trainer, é importante que se pratiquem exercícios regularmente. Além de proporcionar melhor condicionamento físico e perda de peso, as atividades melhoram a qualidade de vida e a saúde das pessoas. É fundamental, entretanto, procurar um médico para uma avaliação física antes de dar início às atividades.


Dançar também faz bem à saúde

É possível ainda variar ou conciliar os alongamentos e a malhação com outros tipos de atividade, como a dança, por exemplo. Basta apenas haver o interesse do aluno e a capacidade do personal trainer. A professora Magali Nazaro, especialista nas danças de salão e do ventre, dá aulas particulares, geralmente procuradas por mulheres entre 45 e 60, e coletivas, normalmente freqüentadas por alunas com menos de 30 anos. Ela acredita que a procura é grande em virtude de fatores como o modismo, muito incentivado pela televisão, e pelo fato de a dança propiciar prazer, condicionamento físico e sensualidade.


Fonte:http://www.acessa.com/arquivo/viver/vida_saudavel/2000/01/20-Personal_trainer/

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