sábado, 8 de janeiro de 2011

Exercícios de Alto Impacto e Artrose

A atividade física regular é a base do tratamento e da prevenção da artrose. Sabemos que as atividades físicas de baixo impacto como andar e nadar são ótimas para as articulações dos membros inferiores. Em teoria as atividades de alto impacto poderiam causar lesões na cartilagem, que mais tarde poderá contribuir para a artrose.

No dia 4 de novembro desse ano foi apresentado um trabalho no Congresso de Sociedade Norte Americana de Radiologia. Esse Trabalho analisou a ressonância de pacientes entre 45 e 55 anos divididos em tres categorias. Indivíduos com atividades físicas de baixo, médio e alto impacto. Pacientes com atividades de alto impacto apresentaram maiores alterações na ressonância. O grupo com atividade de alto impacto apresentaram maior incidência de lesões cartilaginosas, edema medular e lesões meniscais. Nenhum dos pacientes avaliados apresentava dor no joelho.

Sabemos que as alterações da artrose ocorrem a medida que envelhecemos. A Cartilagem tem uma baixa capacidade de regeneração, portanto, quando praticamos atividades de alto impacto por longos períodos estamos mais expostos a lesões.

Se você é sedentário e quer iniciar atividades físicas regulares, primeiro ande depois corra. Se você e mais velho priorize atividade de baixo impacto como caminhar ou fazer hidroginástica. Atenção algumas doenças cardiovasculares contraindicam a hidroginastica.

Correr é saudável, correr 10 Km por semana é ótimo. Porém quando corremos 10Km por dia, 5x por semana estamos colocando as articulações em risco de pequenas lesões. Para determinar o impacto que as articulações sofrem durante uma corrida temos que avaliar também o terreno onde a pessoa está praticando o exercício, o tipo e o tempo de uso do ténis, etc. Tenis inadequado e terrenos acidentados provocam mais lesões que terrenos planos e um bom tenis com pouco uso.

É como fumar: fumar provoca câncer, nem todos que fumam desenvolvem câncer, porém a incidência de câncer em quem fuma é muito maior que na população em geral. Encontrar uma pessoa com 94 anos que fuma desde os 14 anos não prova que o cigarro faz bem, diz somente que a regra pode ter uma exceção. Para esse paciente que sobreviveu vários outros morreram ou sofreram muito antes de morrer ou parar de fumar.

Mais informações estão disponíveis no trabalho apresentado no dia 4 de Novembro em Chicago, IL, USA pelo Dr. Christoph Stehling com o título "Subjects with Higher Physical Activity Levels Have More Severe Focal Knee Lesions Diagnosed with 3T MRI: Analysis of the Non Symptomatic Incidence Cohort of the Osteoarthritis Initiative."


Fonte:http://www.copacabanarunners.net/

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