sábado, 15 de outubro de 2011

Ciclismo - Dicas para suas pedaladas na bicicleta

Sabe, aquela "magrela" que você encostou no fundo da garagem durante o inverno. Pois bem. Tá na hora... de tirar a poeira dela, fazer uma revisão nos freios, pneus, catracas, pedivelas e tudo o mais para aproveitar o verão pedalando.

Seja a lazer, competição ou aventura, alguns cuidados são importantes, tais como o ajuste do selim na altura correta. A ideal é a que permite uma flexão de joelho de 25 a 30 graus quando o pedal está no nível mais baixo. Se o selim ficar muito alto a coluna sofre com os movimentos oscilatórios e os ligamentos da parte posterior do joelho podem ficar doloridos. Se muito baixo, será a vez dos joelhos "pagarem a conta". Mesmo a lazer é bom que a bicicleta possua finca-pé, um ótimo acessório proporcionando movimentar o pedal nos 360º distribuindo melhor o esforço na ação concêntrica e excêntrica.

É bom lembrar que quando você sai à rua, a sua bicicleta é um veículo e em qualquer velocidade empregada está sujeito a tombos logo, o uso de capacete nunca é demais. Não pense estar com isso "pagando mico".

Sendo um veículo você deve respeitar os sinais de trânsito, faixas de pedestre e muito menos trafegar em cima da calçada ou na contramão.

Quando estiver pedalando na mesma velocidade do fluxo de automóveis, ocupe o espaço de um carro e procure se posicionar no campo de visão dos espelhos retrovisores dos que estiverem à sua frente.

Não entre no clima de guerra com motoristas respeitando-os e dando o exemplo, mesmo porque, nessa história, a parte mais vulnerável é o ciclista. Ou não?

Quanto às vantagens é uma atividade essencialmente aeróbia e sem impacto onde o sistema cardiovascular é o mais beneficiado. O ato motor envolve muito mais os membros inferiores embora o abdome, os músculos eretores da coluna e os braços tenham que trabalhar em isometria relativa para sustentar o trabalho dinâmico das pernas. Ou seja, participam como auxiliares e ou sinergistas.

De um modo geral a solicitação muscular dos membros inferiores acontece mais ou menos nessa proporção: Os gastrocnêmios (batata da perna) trabalham em torno de 37% enquanto os posteriores de coxa e os vastos laterais 18%, retos femurais 15% e os glúteos máximo 12%. Não é a toa que ciclista tem coxas, bum bum e panturrilhas saradas, né?

O conforto e o prazer de pedalar aumentam na proporção que o ciclista passa a ter intimidade com a bicicleta e a dominar as resistências oferecidas: a de rolamento (atrito da roda no solo), a mecânica (proveniente das engrenagens da bicicleta), a do ar e a da gravidade.

Para os que gostam de competir, o aprimoramento da capacidade aeróbia e a força se fazem necessário com trabalhos complementares de musculação e intervalados. Um deles, guardadas as devidas proporções, é o mesmo usado pelos levantadores de peso. Agachamentos com barra, arranques e arremessos tendo em vista a possibilidade de transferência de força adquirida nos grupos musculares envolvendo o ato motor. O levantador de peso tem as pernas, o abdome, os paravertebrais lombares e a cintura escapular muito forte. O ciclista não adepto ao treinamento complementar costuma terminar provas mais duras com fortes dores lombares. Os chamados treinos em circuitos, mesclando vários exercícios de musculação com aeróbio também tem boa aceitação.

Outra boa opção, nos dias de chuva ou qualquer outro impedimento logístico, é fazer aulas de spining numa academia como treinamento complementar e ou fuga da rotina. Essas aulas trazem o mesmo fundamento do ciclismo de estrada e foram idealizadas por Johnny G. que criou um método para simular as dificuldades e situações do ciclismo.

Entre as diversas manifestações da valência física força, a resistência da força, a máxima e a relativa são importantes em diferentes momentos e situações. A relativa por exemplo, é importante nas subidas mais difíceis.

Ciclistas de menor massa corporal e boa capacidade de potência aeróbia podem se dar bem em terrenos íngremes onde a resistência do vento pode ter menor influência na área frontal do corpo porque a velocidade geralmente é menor. Já os ciclistas mais corpulentos costumam ser melhores no plano e na descida. Apesar da maior massa, a potência muscular passa a ser importante para vencer a resistência do vento. Miguel Indurain e Marco Pantani, foram bons exemplos de ciclistas, um corpulento e outro pequeno respectivamente especialistas em velocidade e subidas. Indurain um dos mais altos na sua categoria e Pantini com apenas 55 kg, um dos menores do pelotão.

A resistência da força tem importância na freqüência das pedaladas ou giros por minuto. Atletas que dominam bem isso, usando corretamente a combinação de marchas e mantendo sempre a mesma cadência se cansam menos. Já a força máxima é importante nas chegadas e ou nas escapadas estratégicas no meio da prova.

Fonte:http://www.copacabanarunners.net/

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