A gravidez é um momento muito especial da mulher e por sí só pode trazer diversas modificações em seu corpo. O exercício físico nesta fase é imprescindível para garantir seu bem estar físico e mental, desenvolvendo saúde para ela e seu bebê.
De acordo com AFAA,1995, Fitness Theory and Practice, diversas pesquisas apontam que o exercício físico na gravidez pode aumentar o consumo energético da mãe (controlando peso); melhorar sua auto-estima; o humor; reduzir certos desconfortos da gravidez e necessidade de medicamentos; permitir a ela um retorno mais rápido ao seu estado normal após o parto (em torno de 50% a mais do que as que não exercitam) e ainda que, mulheres preparadas fisicamente e que continuam com exercícios bem orientados durante a gravidez têm vantagens no parto, ou seja, o tempo de expulsão é mais curto (cerca de 1/3 mais rápido - quanto mais condicionada a mãe maior capacidade da expulsão ela terá) e as dores do parto menores; o exercício fortalece e torna o útero mais elástico. Além disso, mulheres que se exercitam na gravidez mostram-se mais equilibradas emocionalmente durante o momento do parto.
Resumindo algumas alterações:
* Melhora a redistribuição da circulação de sangue favorecendo a irrigação do útero;
* Com o crescimento do feto, há aumento do metabolismo basal da mãe, e melhor utilização do consumo de carboidratos, aumentando o consumo de energia;
* Com o crescimento do feto e seios , a mulher experimenta desvios posturais e desbalanceamento corporal podendo gerar problemas como lordose e cifose, assim, exercícios de fortalecimento e alongamentos vão preparar os músculos principalmente das costas, abdômem, parte interna da coxa , pélvis e pernas, para esta mudança do centro de gravidade.
* Exercícios leves a moderados podem melhorar o condicionamento cardio-respiratório da mãe,visto que nesta fase há uma maior pressão do diafrágma pelo útero, causando uma sensação de dispinéia, não sendo indicado exercícios intensos;
Com relação ao bebê, de acordo com recentes pesquisas desenvolvidas por Michelle Mottola, diretora do laboratório de pesquisas sobre gravidez em Ontário,Canadá, durante uma gravidez normal, nem a temperatura, nem a circulação dentro do útero são elevadas a níveis perigosos durante os exercícios físicos, como era antes alvo de grande preocupação. Embora alguns estudiosos aconselhem a mulher grávida exercitar-se a 60-70% de sua frequência cardíaca máxima e não excederem 144 batimentos cardíacos por minuto.
Ainda:
* evitarem exercícios vigorosos, dando prioridade a exercícios leves a moderados pelo menos 3 vezes por semana , sendo que para mulheres sedentárias deve ser recomendado apenas de 15-20 min de exercícios aeróbicos em uma sessão;
* Após o terceiro mês, evitar exercícios em posição em decúbito dorsal (de costas no chão), pois pode correr o risco de diminuição da irrigação uterina, assim como exercícios de força por muito tempo de pé;
* Obedecer a capacidade aeróbica da praticante, modificando a intensidade do exercício de acordo;
* Dar preferência para exercícios em situações mais cômodas como Hidroginástica, Natação e Ciclismo(ergométrica);
* Geralmente, a mulher precisa de um gasto adicional de 300 calorias por dia, sendo necessário manter uma dieta adequada para os exercícios;
* Manter uma hidratação adequada antes , durante e após os exercícios evitando ambientes muito quentes.
* Evitar exercícios que vão trazer demasiado estresse ao abdômem , mas continuar com os abdominais.
Devem evitar exercícios durante a gravidez, mulheres que apresentarem:
* Hipertensão arterial, problemas importantes de tireóide, anemia ou obesidade excessiva.
* Se durante o exercício sentir dor no baixo-ventre, contrações uterinas e/ou sangramento vaginal, náuseas,vômitos e edemas (até que seja detectado o problema pelo obstetra).
Exercícios recomendados:
* Alongamentos (pode optar pela yoga);
* Caminhada (evitar subidas e descidas muito íngremes);
* Ciclismo (ergométrica);
* Natação;
* Localizada (o trabalho é feito apenas para manutenção do equilíbrio de força corporal)
* Hidroginástica (tem sido o mais solicitado pela liberdade de execução do exercício pela baixa gravidade, e melhor desenvoltura em exercícios aeróbicos sem a hipertermia, principalmente na modalidade deep water (águas profundas); ainda permite um maior conforto e acomodação do bebê no útero da mulher e articulações da grávida, devido as forças contrárias gravidade (p/baixo) e flutuação (p/cima), certas grávidas relatam ser um momento mágico para elas e os bebês, uma grande interação entre ambos.
Finalizando, uma pesquisa feita por Clapp, M.D e diretor de pesquisas em obstetrícia e ginecologia em Ohio, onde acompanhou dois grupos de grávidas que exercitaram toda a gravidez e outro que optou por não exercitar , descobriu que ao fim de 15 semanas, as mulheres que se exercitaram apresentaram maior disposição, melhor postura, força muscular,apresentação física (mais bonitas) e estavam mais saudáveis que o outro grupo que mostrava ainda, indisposição para a atividade sexual.
Fonte: Equipe do CDOF
Site: http://www.cdof.com.br/fisio3.htm
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